Empresário suspeito de homicídio é candidato ao governo
O lançamento da pré-candidatura do empresário pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) acontece no próximo dia 23, durante um coquetel à imprensa na boate Copacabana, localizada na Avenida Mendonça Furtado, no Bairro Santa Rita.
O empresário responde a várias ações, tanto na justiça estadual como na justiça federal e até no Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD).
Em outubro de 2013 Marba foi preso durante a operação “Lucilius” realizada pelo Ministério Público do Estado, suspeito de envolvimento na morte do sócio, crime ocorrido no dia 23 de fevereiro de 2013. A vítima foi executada com 6 tiros no condomínio onde morava em Macapá.
O Ministério Público tem depoimento de uma testemunha informando que Fernando Queiroz pretendia sair da sociedade e estaria pedindo de Marba a quantia de R$ 1 milhão. A mesma testemunha disse que Fernando era um arquivo vivo, pois, além de acompanhar a construção do que chamou de “império” particular do empresário, era quem cuidava de algumas tarefas comprometedoras, como a entrega de dinheiro de corrupção para agentes públicos.
Além disso, a delegada de polícia Odanete Biondi, que investigou o crime, foi apanhada em gravações com Luciano Marba, inclusive pedindo favores a ele junto ao Tribunal de Contas do Estado do Amapá.
Justiça Federal
Um pouco antes, em março de 2012, juiz federal Anselmo Gonçalves da Silva recebeu a denúncia feita pela então procuradora da República no Amapá, Damaris Rossi Baggio Alencar, do Ministério Público Federal, contra Luciano Marba, acusado de utilizar documento (certidão sindical) falso para participar de processo licitatório realizado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A denúncia da procuradora diz que o documento utilizado por Marba para entrar na licitação foi falsificado por Marcos Ubiratan de Andrade Fonseca, também denunciado.
Perícia grafotécnica realizada pela Polícia Federal, conforme o Laudo 023/2010, mostrou ser falsa a certidão sindical que teria sido expedida pelo Sindiviap (Sindicato dos Vigilantes e Empregados de Empresas de Vigilância do Amapá), tendo sido constatado que a assinatura do então presidente da entidade – Dinassi Siqueira – não era autentica.
STJD
A denúncia mais recente contra o empresário foi feito em fevereiro último. O Ministério Público do Estado realizou denuncia para apuração de possíveis infrações disciplinares envolvendo dirigentes da Federação Amapaense de Futebol (FAF), membros da Comissão de Arbitragem e do Tribunal de Justiça, o Santos Futebol Clube e seu presidente, o empresário Luciano Marba. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) acatou a denuncia e instaurou Inquérito.
No documento encaminhado pelo Ministério Público ao STJD, o promotor Afonso Guimarães revela que o advogado Oziel Artur Barros Borges, procurador da Justiça Desportiva no Amapá, integra o quadro de advogados de Luciano Marba, conforme mostra recibo anexado no valor de R$ 20 mil por honorários advocatícios. Afonso Guimarães anexou, ainda, um CD contendo áudio de interceptações telefônicas e suas transcrições.
Para o promotor Afonso Guimarães, as escutas, transcritas no procedimento investigatório, apontam um possível esquema de manipulação que, na ótica do Ministério Público, teria a liderança de Luciano Marba, presidente do Santos Futebol Clube.
Nas conversas retratadas sugerem combinações entre o presidente do Santos, o árbitro de futebol Antônio Jorge (que seria empregado da empresa de Marba), Vicente Cruz (diretor técnico da FAF), Carlos Guilherme (então presidente da Comissão de Arbitragem), além de outros envolvidos.
Mesmo respondendo a essas e outras denúncias, o empresário pretende se apresentar como candidato e, quem sabe, governar o estado do Amapá.
Postado por: Jarí Noticias em 23/04/2014
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