quarta-feira, 13 de abril de 2016

Tribunal Regional Eleitoral condena deputada Marília Góes por compra de votos.

O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP) condenou na tarde desta quarta-feira, 13, a deputada estadual e primeira-dama Marília Góes (PDT) por compra de votos em favor do candidato Roberto Góes durante o pleito municipal de Macapá em 2008.O caso é resultado de uma reunião que Marília fez na Associação dos Pescadores, nas eleições daquele ano, onde pediu votos aos beneficiários do programa social Renda para Viver Melhor ao então candidato pedetista.
A ação, proposta pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) em desfavor de Marília, informa que, na referida reunião, compareceu a esposa do então governador Waldez Góes e secretária de Inclusão e Mobilização Social, MARÍLIA GÓES, que falou aos ouvintes que “deveriam votar em ROBERTO GÓES, número 12, pois, caso contrário, não receberiam mais o auxílio estadual”.
A reunião, na época, ocorreu na sede da Associação dos Pescadores do bairro Perpétuo Socorro, onde, segundo o MPE, “era pública e notória a ligação entre MARÍLIA GÓES e o candidato ROBERTO GÓES, e que, na citada reunião, foi solicitado aos beneficiados que apresentassem o título de eleitor e assinassem uma lista”.
Condenação
O julgamento que foi retomado nesta quarta-feira já tinha o voto da relatora do processo, a desembargadora Stella Ramos, que havia pedido a absolvição da acusada.
No entanto, o juiz federal Jocélio Neto, que pediu vistas do processo na última sessão, divergiu da relatora e votou pela condenação. O juiz Décio Rufino votou pela absolvição. A juíza Kelly Cristina acompanhou o juiz federal e pediu a condenação. Com o placar de 2×2, coube ao presidente do TRE, desembargador Carlos Tork, definir o julgamento com o voto de minerva, que foi pela condenação da deputada Marília.
Em relação ao tempo da condenação, tanto o juiz Décio Rufino quanto a desembargadora Stella Ramos se abstiveram, ficando a decisão para o juiz federal Jocélio, que manteve a condenação de 4 anos e 2 meses. A juíza Kelly Cristina pediu vistas.
O julgamento deverá prosseguir na próxima quarta-feira, 20. Caso os demais juízes acompanhem a condenação do juiz federal, a deputada Marília Góes pode ficar inelegível por oito anos.
Postado por: Jari Noticias em 14/04/2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

Compartilhe