Pela tangente: Waldez desconversa e diz que crise que atinge o Amapá será de três anos.
Pelo que disse o governador
Waldez Góes (PDT), em entrevista a uma rádio local, o cenário de paralisação de
mais de 50 obras, desemprego, falta de medicamentos nos hospitais e aumento da
violência não mudará tão cedo. Diferente do seu discurso de campanha, que
vendia soluções rápidas para os problemas do Estado, Góes estimou o prazo de
três anos para que o Amapá saia da crise.
Pulando
do barco
Com o governo
paralisado desde o início do ano, Waldez evitou em falar em crise no próprio
governo. Ele desconversou sobre a saída do médico Fernando Nascimento do seu
secretariado. Aliado de primeira hora do pedetista, Nascimento foi um dos
críticos mais severos do governo anterior. Pelas redes sociais, o médico
alardeava que era fácil resolver os problemas da saúde. Segundo fontes da
Secretaria de Saúde, a incapacidade de dar solução aos problemas que atingem o
sistema público e disputas internas teriam sido a causa do abandono do barco
governista, com apenas quatro meses de gestão.
Outro setor
impactado pela previsão pessimista do governador foi setor varejista.
Na campanha
eleitoral de 2014, o então candidato Waldez prometeu que não utilizaria mais a
Substituição Tributária (recolhimento antecipado) para arrecadar o ICMS devido.
Ele defendia que este tipo de arrecadação prejudicava o comércio. Até hoje, o
governo emudeceu completamente sobre esse assunto. Sem dinheiro circulando em
função da alta taxa de desemprego – O Amapá lidera, proporcionalmente, o
desemprego no País, segundo o Ministério do Trabalho – o comércio varejista
amarga a segunda pior colocação de vendas no Brasil.
Queda livre
A paralisia do
governo diante da crise econômica explica o alto índice de avaliação negativa –
74%, apontados em pesquisa de satisfação – de um governo que mal completou
quatro meses de gestão. Fato inédito na história do Amapá.
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