Justiça obriga CEA a restabelecer energia elétrica no vale do jari.
MP-AP entrou com mandado após Laranjal e Vitória ficarem sem energia.CEA alegou falta de combustível e prevê ligação das cidades ao SIN.
A Justiça determinou à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) que restabeleça, sob pena de multa, o fornecimento regular de energia elétrica nos municípios de Laranjal do Jari e Vitória do Jari, ao Sul do Amapá. As cidades estavam passando por racionamentos de até 9 horas por dia. A CEA informou que desde a sexta-feira (8) havia limitado o abastecimento do serviço para as localidades, em função do término do estoque de combustível na região responsável por mover as usinas termelétricas que garantem o produto. A decisão foi concedida no sábado (9) pela juíza Délia Silva Ramos, em atendimento a um mandado de segurança coletivo impetrado pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP).
A falta constante de energia provocou protestos de moradores, na noite de sábado. Em Laranjal do Jari, a 295 quilômetros de Macapá, a população queimou pneus e pedaços de madeira em ruas e na frente de órgãos públicos cobrando o retorno da energia elétrica. O serviço foi normalizado no domingo (10). A decisão judicial estabelece que em caso de novos desligamentos, a companhia sofrerá multa de R$ 30 mil por dia.
A CEA informou em nota que aguarda a chegada de uma balsa de combustível vinda de Belém, no Pará, para uma solução provisória. A companhia prevê para o dia 17 de maio a ligação da subestação que atende os municípios ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o que descartará, segundo a companhia, a necessidade das termelétricas, economizando até 2,5 milhões de litros de combustível por mês.
O promotor de Justiça Rodrigo César Viana Assis disse que o risco de desabastecimento nos municípios era de conhecimento da CEA desde o dia 29 de abril de 2015, e que “por completa incompetência e reprovável descaso com a população jarilense, nada se fez para evita-lo. Antes de impetrar a presente ação, diversos contatos foram estabelecidos com a CEA, tendo apresentado versões incompletas e inverídicas dos fatos”, alegou o promotor.
O MP-AP citou também os prejuízos ao comércio e aos moradores das duas cidades, lembrando o período que cercou o Dia das Mães, onde empresários tiveram perdas com a ausência de energia. Na decisão, a juíza apontou falta de planejamento por parte da companhia para garantir o fornecimento sem interrupções.
Postado por: Jari Noticias em 12/05/2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário