Depois de dar calote em 2,84% no ano de 2004, agora Waldez faz nova promessa para os professores.
Nesta terça-feira 14, o Governo de Estado e o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) sentaram à mesa para negociar o aumento salarial dos professores. Sem credibilidade junto à categoria, que não esquece o calote de 2004, quando Waldez concedeu e não pagou um reajuste linear de 2,84%, o governo foi para a reunião anunciar a proposta de reajuste à classe.
Apesar de ter aumentado o próprio salário em mais de 26%, o governador pedetista mandou à mesa de negociação os secretários Antônio Teles (Seplan), Maria Goreth (Sead) e Conceição Medeiros (Seed) – que também tiveram seus salários reajustados – para anunciar aos professores que vai criar uma nova regência de classe, no valor de 15% do salário base.
O governo justificou a proposta na crise financeira pela qual estaria passando o Estado, que, aparentemente, não existiu em se tratando do aumento do salário do governador e de seus secretários.
Os negociadores de Waldez ainda fizeram a promessa de pagamento das progressões, que venceram no início do ano, a partir de agosto, divididas em cinco parcelas.
Como previam alguns membros da categoria, a proposta salarial do governo passou longe do que quer o Sinsepeap, que reivindica um reajuste de 40,79%. Somente as perdas acumuladas durante as duas primeiras gestões de Waldez, compreendida entre 2003 a 2010, giram em torno de 32%.
Para a direção do sindicato, a proposta de aumento de 15% com base na criação da nova regência de classe descumpre a Lei do Piso, que garante reajuste no salário base do professor e conta nos cálculos para sua aposentadoria. “Ou seja, a remuneração dos professores continuará tendo perdas pelo não cumprimento do piso salarial nacional”.
O sindicato vai convocar uma assembleia geral da categoria para o próximo sábado, 18, a partir das 9h, em local ainda indefinido, a fim de decidir os rumos da campanha salarial.
Nas redes sociais os protestos dos professores foram imediatos: “A proposta do WG12 “experiente” consegue ser pior que as propostas @CamiloPSB”, disse o professor Quaresma. “W12 está confirmando toda a sua experiência com essa proposta indecente à categoria. Regência de 13,01% é uma sacanagem sem tamanho”, indignou-se o professor @kemabril.
Postado por: Jari Noticias em 15/04/215.

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