Às vésperas do Dia do Trabalhador, Amapá registra recorde histórico de desemprego.
João, Maria, Pedro, Tiago, Márcia são nomes anônimos que engrossam as estatísticas que mais crescem no Amapá: o desemprego. E, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), eles tendem a crescer ainda mais. Os dados do primeiro trimestre de 2015 não são nada animadores, batendo um recorde histórico. No total, 2.369 pessoas foram demitidas este ano.
Detalhe: por trás de cada número tem uma família que, de forma direta, é atingida pelo desemprego. Esses são somente os números oficiais, mas, com o desaquecimento da economia, centenas de trabalhadores informais, que não entraram nas estatísticas, estão, como eles dizem, parados.
E às vésperas do Dia do Trabalhador, 1º de maio, o amapaense não tem nada a comemorar. No comércio, pelo menos cinco homologações são feitas por dia no sindicato da categoria, que no mês de março, registrou 249 demissões.
Na construção civil o estrago foi ainda maior. Com a paralisação de todas as obras do Governo do Amapá, principal fomentador desse setor, só restou às empresas a dispensa de seus funcionários. No total, 260 trabalhadores ficaram sem emprego. Além disso, o atual governador mandou suspender várias linhas de financiamentos da Agência de Fomento do Amapá, como a Afap Construir, que também aquecia esse setor.
Os efeitos
Com o desemprego em alta e sem dinheiro circulando, o Amapá voltou a ser campeão em devolução de cheques, segundo pesquisa divulgada pelo Serasa. Cheques devolvidos atingem 2,32% do total em março. Quando analisado o desempenho do primeiro trimestre, o Estado do Amapá aparece na frente como o maior emissor de cheques sem fundo do país, com taxa acumulada de 21,62%.
Outras fontes
Todos esses números refletem exatamente o que dizem as pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as quais revelam que, desde a virada do ano, as vendas no varejo no Amapá vêm despencando no setor do comércio, chegando a registrar queda de -6,7%.
A estagnação
Postado por: Jari Noticias em 28/04/2015.
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