terça-feira, 28 de abril de 2015

Às vésperas do Dia do Trabalhador, Amapá registra recorde histórico de desemprego.

João, Maria, Pedro, Tiago, Márcia são nomes anônimos que engrossam as estatísticas que mais crescem no Amapá: o desemprego. E, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), eles tendem a crescer ainda mais. Os dados do primeiro trimestre de 2015 não são nada animadores, batendo um recorde histórico. No total, 2.369 pessoas foram demitidas este ano.


Detalhe: por trás de cada número tem uma família que, de forma direta, é atingida pelo desemprego. Esses são somente os números oficiais, mas, com o desaquecimento da economia, centenas de trabalhadores informais, que não entraram nas estatísticas, estão, como eles dizem, parados.
E às vésperas do Dia do Trabalhador, 1º de maio, o amapaense não tem nada a comemorar. No comércio, pelo menos cinco homologações são feitas por dia no sindicato da categoria, que no mês de março, registrou 249 demissões.
Na construção civil o estrago foi ainda maior. Com a paralisação de todas as obras do Governo do Amapá, principal fomentador desse setor, só restou às empresas a dispensa de seus funcionários. No total, 260 trabalhadores ficaram sem emprego. Além disso, o atual governador mandou suspender várias linhas de financiamentos da Agência de Fomento do Amapá, como a Afap Construir, que também aquecia esse setor.
Os efeitos
Com o desemprego em alta e sem dinheiro circulando, o Amapá voltou a ser campeão em devolução de cheques, segundo pesquisa divulgada pelo Serasa. Cheques devolvidos atingem 2,32% do total em março. Quando analisado o desempenho do primeiro trimestre, o Estado do Amapá aparece na frente como o maior emissor de cheques sem fundo do país, com taxa acumulada de 21,62%.
Outras fontes

Todos esses números refletem exatamente o que dizem as pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as quais revelam que, desde a virada do ano, as vendas no varejo no Amapá vêm despencando no setor do comércio, chegando a registrar queda de -6,7%.
A estagnação

Para a Federação do Comércio do Amapá (Fecomércio), a alta taxa de demissões e a vertiginosa queda nas vendas no varejo, apontada por pesquisa do IBGE, indicam que essa, possivelmente, é a maior crise econômica que já atingiu o Estado. O presidente da entidade, Eliezer Viterbino, disse que essas demissões são “um dado muito ruim para o Estado”.

Postado por: Jari Noticias em 28/04/2015.

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