quarta-feira, 12 de março de 2014

Amapá terá dois candidatos ao governo enrolados na Justiça.

A segunda eleição com a Lei Ficha Limpa em pleno vigor vai apresentar na urna eletrônica candidatos que estão enrolados com a Justiça. O ex-governador Waldez Góes (PDT) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Amanajás (PPS), embora respondendo a várias acusações na Justiça referentes ao período em que administraram o Executivo e o Legislativo estadual, respectivamente, ainda podem concorrer a cargo público e são pré-candidatos ao governo em 2014.
Mesmo com a plena vigência da Lei da Ficha Limpa, Waldez e Jorge estão livres para concorrer porque ainda não tiveram os processos por desvio de verbas públicas concluídos.
Waldez Góes foi preso em 2010 na Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal com outras 17 pessoas, quando já havia deixado o comando do Amapá. Além dele, foram para o xadrez o então governador do Estado, Pedro Paulo Dias (PP) — antigo vice de Góes —, a ex-primeira-dama Marília Góes e o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Júlio Miranda.
Waldez, que governou o Estado entre janeiro de 2003 e abril de 2010, é acusado de envolvimento em um esquema que teria desviado mais de R$ 1 bilhão de verbas públicas do Estado e da União. Ele responde pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência e formação de quadrilha, entre outros.
Apesar dos indícios, o ex-governador garante ser inocente. O anúncio da candidatura foi feito em novembro de 2013, no Aeroporto Internacional de Macapá, numa visita do senador José Sarney (PMDB-AP) ao Estado.
Já o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, Jorge Amanajás, é réu no Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) e reponde a outras denúncias realizadas pelo Ministério Público do Estado, todas referentes a desvio de recursos do Legislativo. Em agosto de 2013, o TJAP recebeu nova denúncia contra Amanajás acusado de participação em um esquema de corrupção, que resultou em desvio de R$820 mil dos cofres do Poder Legislativo amapaense. O réu responde por formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e ausência de procedimento licitatório.
Em 2010, durante a Operação Mãos Limpas, Jorge Amanajás e o deputado Edinho Duarte (PMDB) foram obrigados a depor. Amanajás deu explicações à PF sobre a folha de pagamento que administrava e a fundação Desafio, que gerenciava. O ex-deputado também foi denunciado pelo Incra do MPF, por suposto envolvimento em grilagem de terra no Amapá.
De acordo com a Lei da Ficha Limpa,  os condenados em órgão colegiado da Justiça por ato doloso de improbidade administrativa, com lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, ficam inelegíveis e não poderão concorrer a cargos públicos por oito anos, ainda que possam apelar da decisão. Anteriormente, o tempo de inelegibilidade para pessoas nessa situação variava de três a oito anos.

Postado por: Jarí Noticias em 12/03/2014

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