terça-feira, 11 de outubro de 2016

MP-AP tem tese acolhida pelo Tribunal do Júri de Laranjal do Jari e res são condenados a 19 e 17 anos de prisão.

MP-AP tem tese acolhida pelo Tribunal do Júri de Laranjal do Jari e res são condenados  a 19 e 17 anos de prisão.
Durante a 26ª sessão de julgamento do Tribunal do Júri de Laranjal do Jari, realizada na última quinta-feira, 6, foi acatada a tese de acusação postulada pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP), representado no ato pela promotora de Justiça Clarisse Lindanor Alcântara, que requereu a condenação das rés Roseane Moreira Farias e Dyene de Jesus Moreira pelo assassinato do empresário Jorge Soares, gerente de um posto de combustível no munícipio, fato ocorrido em 2015. 

Presidido pela juíza Marina Lorena Lustosa Vidal, a sessão analisou conjuntamente os processos0000874-78.2015 e 0001930-49.2015 onde a promotora de Justiça, os defensores públicos e testemunhas foram ouvidas a fim de oferecerem subsídios ao Conselho de Sentença que proferiria o veredicto no decorrer da tarde. Roseane Farias e Dyene Moreira não estiveram presentes durante o julgamento.

Na acusação, a promotora Clarisse Alcântara requereu a condenação das acusadas por homicídio triplamente qualificado, sustentando que o crime teria sido previamente planejado, tendo em vista que Roseane Farias era próxima da vitima e funcionária do posto de combustível do gerente assassinado cruelmente.

“É satisfatório perceber que o Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese apresentada pelo MP, demonstrando, assim, que os nossos esforços para subsidiar uma resposta para a população não foi em vão. A sociedade não aceita mais essa violência que assola o nosso País e, principalmente, Laranjal do Jari. Espero que, com a resposta que tivemos positivamente no julgamento, a sociedade se sinta acolhida pela justiça de nosso Estado”, ponderou a promotora. 

Após as partes serem ouvidas, a juíza-presidente, jurados, promotora de Justiça, defensores Públicos e oficiais de Justiça se dirigiram até a sala secreta, onde foram lidos novamente os quesitos e explicados aos senhores jurados o significado de cada um deles. 

Em seguida, a sentença foi lida pela juíza Marina Vidal na sala pública do Júri. A ré Roseane Moreira Farias foi condenada a 19 anos, 10 meses e 10 dias de reclusão e mais 11 dias-multa em regime fechado, e Dyene de Jesus Moreira a 17 anos, 6 meses de reclusão e 11 dias-multa, também, em regime fechado.

O crime

Em janeiro de 2015, um empresário foi torturado até a morte e quase teve o corpo incendiado em Laranjal do Jari, a 265 quilômetros de Macapá. De acordo com a Polícia Civil, ele era proprietário de um posto de combustível e morava em um quarto no estabelecimento onde, segundo a polícia, houve o crime e a tentativa de incêndio, controlado pelo Corpo de Bombeiros, que chegou antes das chamas se espalharem. 

O corpo do empresário foi encontrado amarrado e com marcas de ferimentos no rosto e cabeça, além de queimaduras causadas pelas chamas. Um barbante ainda estava enrolado no pescoço dele.


Postado por: Jarí Noticias em 11/10/2016.

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