Waldez dobra o número de cargos no gabinete do governador, comparando com o mesmo período da gestão anterior

A crise financeira propagada pelo governador Waldez Góes (PDT) não passa por seu gabinete. O portal da transparência do Governo do Amapá mostra que, no mês de junho deste ano, o número de pessoas à disposição do gabinete era de 244, o que dá uma despesa de R$ 698.390,36.

Só para se ter uma ideia, em junho de 2014 o número de servidores atuando no gabinete do governador era de 182, o que correspondia a um custo de R$ 383.729,07. De acordo com o ex-secretário de Planejamento, Juliano Del Castilo, a consequência disso – cujo inchaço ocorreu em todos os setores do governo – foi o parcelamento dos salários dos servidores públicos. “Em tempos de crise é preciso cortar despesas, mas o governador fez justamente o contrário, aí o resultado não poderia ser outro”, ponderou.

Descontrole

Os gastos desenfreados com a folha de pessoal são exemplos do desequilíbrio financeiro nas contas do governo. No primeiro ano de mandato do governador Waldez, a folha do Estado custou R$ 2.084.098.634,71. No último ano da gestão do ex-governador Camilo Capiberibe (PSB), o custo com o pagamento dos servidores chegou a R$ 1.903.190.685,77, portanto, houve uma elevação de mais de R$ 180 milhões. Entre os salários que tiveram aumento estão o do próprio governador, do vice-governador e do primeiro escalão.

O primeiro ano da gestão pedetista começou com as mesmas práticas de inchar a folha de pagamento com cargos comissionados e contratos administrativos. O governador Waldez, em vez de cortar gastos, em apenas um ano aumentou em pelo menos 1 mil novos cargos que impactaram a folha, causando grande desequilíbrio financeiro.

Essa realidade de descontrole na folha de pagamento, principalmente com a colocação de cargos e contratos administrativos, levou o governador Waldez a anunciar o parcelamento da folha de pagamento em duas vezes: 60% dia 31 de março e os outros 40% dia 10 de abril de 2016.

Postado por: Jarí Noticias em 12/07/2016