Data-base: governador Waldez não negocia com sindicatos e reajuste ainda é um grande mistério.

O governador Waldez Góes (PDT) deve anunciar na manhã desta quarta-feira, 1º de abril, o valor do reajuste do servidor público estadual. No entanto, às vésperas do comunicado, o assunto é mantido sob sigilo no Palácio do Setentrião. A expectativa dos mais de 25 mil servidores do Estado é de que esse reajuste seja tão generoso quando foi o aumento salarial que Waldez Góes deu para ele, seu vice e todo o primeiro escalão do governo. Já em janeiro, o chefe do Poder Executivo aumentou o próprio salário de R$ 24.117,62 para R$ 30.471,10. O do vice, Papaléo Paes, subiu de R$ 18.088,21 para R$ 28.310,00. E, no mesmo embalo, garantiu que os secretários de governo e diretores de autarquias também tivessem elevado seus subsídios de R$ 8.982,00 para R$ 14.900,00 ao mês.  As manifestações Até semana passada, o principal argumento do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) era de que o reajuste salarial, pelo menos para a categoria, não pode ser menor do que o piso nacional dos professores, que este ano foi de 13%. Comparando os números Quando o assunto é reajuste, Waldez Góes não costuma ser generoso com o servidor público. Em oito anos de governo, deu apenas 21,70%. Já Camilo Capiberibe concedeu para todas as categorias, em quatro anos, 24%. Calote geral Em maio de 2004, Waldez Góes encaminhou projeto de lei à Assembleia Legislativa concedendo reajuste salarial linear (data-base) de 2,84% aos servidores do quadro estadual. O projeto foi aprovado, sancionado e gerou a Lei 0817, de 3 de maio de 2004, mas Waldez saiu do governo seis anos depois sem pagar o reajuste. Resultado: O Governo do Estado do Amapá vai precisar de R$ 115 milhões para pagar ao funcionalismo estadual o retroativo de reajuste salarial concedido e não pago pelo ex-governador Waldez Góes.

Postado por: Jari Noticias em 01/04/2015