Futebol. Pai de Paulo Henrique Ganso mostra que o futebol está no DNA da família.
Amarildo da Silva Chagas, pai biológico de
Paulo Henrique Ganso, vive hoje em Laranjal do Jari, no AP. Não gosta de
exposição, mas mantém contato com o jogador.
Uma das revelações do futebol nacional nos últimos anos, Paulo Henrique Ganso, jogador do São Paulo é, sem dúvida, um atleta com grandes chances de integrar a Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Mas desta vez o assunto não é este, mas sim de onde possivelmente vem o talento do meio campista? A explicação pode estar no DNA herdado do pai, Amarildo da Silva Chagas, um ex-jogador que atuou por vários clubes profissionais do Pará e do Amapá.
Em entrevista ao globoesporte.com Amarildo falou de sua carreira e da relação com o filho. Logo aos 16 anos, o garoto de origem humilde iniciou sua trajetória no futebol jogando pelo São Francisco de Santarém, no Pará - município distante a cerca de 690 quilômetros de Belém. Após se destacar, profissionalizou-se somente aos 23 anos e foi contratado pelo time do Santa Rosa, equipe com sede no Distrito de Icoaraci.
A habilidade com a bola fez surgir novos convites para o futebol paraense. Sempre se destacando, passou pelos times do Sport Belém, Pinheirense e Clube do Remo. Amarildo afirma que na época, atleta de futebol precisava cuidar tudo, assinatura de contratos, análise de propostas de times interessados, além de ter que jogar futebol. Para ele, hoje tudo é mais fácil.
- Naquele tempo, a gente precisava correr atrás de tudo e ainda ter que jogar futebol. Ou seja, cuidar da carreira profissional era muito complicado. Eu dizia que jogar futebol era uma diversão, mas com doses de responsabilidade. Parte da minha formação pessoal veio jogando futebol, meu caráter e ser honesto - afirma.
Amarildo acredita que seu melhor momento no futebol ocorreu no ano de 1989, quando jogou pelo Clube do Remo e participou do chamado 'Esquadrão Cabano', quando a diretoria apostou num time formado por jovens talentos vindos das categorias de base e conquistou o estadual daquele ano, iniciando a sequência do tricampeão paraense.
- Foi uma época muito boa, onde pude conviver com grandes jogadores que estavam iniciando sua carreira. Certamente, que também contribui para a história do Remo e para o inicio do Esquadrão Cabano, que fez muito sucesso. Foi, sem dúvida, foi o melhor momento da minha carreira - disse.
O ex jogador, afirma que chegou a receber convite para jogar no futebol de Portugal e no Fluminense, mas as propostas não agradaram, além disso e precocemente, a dificuldade para gerenciar a carreira e uma lesão no joelho obrigaram-no a encerrar a vida de jogador ainda aos 31 anos. Foi então que em 1990 decidiu vir para o Amapá a convite do São José, mas durante a viagem de barco, parou no município de Laranjal do Jari, no Sul do Amapá, onde e trocou o certo pelo duvidoso.
- Quando vinha para Macapá, recebi um convite de emprego no município de Laranjal do Jari e ali me fixei. Decidi que ali iria jogar futebol, mas de forma amadora e confesso que foi lá que vivi grandes momentos do futebol conquistando sete títulos do Campeonato Intermunicipal, a maior competição do interior - relata.
A relação com o filho, Ganso
Perguntando sobre o filho, Paulo Henrique Ganso, o meio-campo Amarildo se mostra meio desconcertado e afirma não gostar de falar sobre o assunto, mas decide conversar um pouco sobre o tema. Ele conta que o garoto é fruto da relação com uma doméstica que residia na casa de uma irmã em Belém do Pará. Como ficou sem emprego no ano 1989, ano em que nasceu Ganso, precisou ir atrás de emprego no Amapá.
- Só soube do nascimento do garoto um ano depois, em 1990. Muitas pessoas dizem que eu o abandonei, isso não é verdade. Tinha saído muito cedo de Belém e ele estava com minha irmã e como vi que ela poderia dar uma boa criação, decidi deixá-lo com ela - diz.
Apesar do clima desconforto, a relação de Amarildo e Ganso é boa e as características e semelhanças entre os dois são claras. O ex-jogador ainda demonstra habilidade com a canhota jogando por times de veteranos, orienta os companheiros dentro de campo, parecido com o filho famoso do São Paulo. Amarildo afirma que hoje o maior problema é mesmo a distância entre os dois, mas mantém contato com o jogador.
- Temos um relação normal, com pouco contato em virtude da distância e das obrigações que ele tem como profissional. Procuro acompanhar o carreira mesmo que de longe. Muitas pessoas dizem que tento me beneficiar, mas isso não tem nada a ver. As vezes evito falar sobre ele para depois não pensarem que quero me aproveitar. Nada disso. Desejo muito sucesso a ele! - reafirma.
Atualmente, Amarildo segue trabalhando como estivador em Laranjal do Jari, carregando e descarregando navios, uma vida tranquila para quem um dia sonhou em ter a mesma sorte do filho Paulo Henrique Ganso, e se orgulha do sucesso do garoto.
Postado por: Jarí Noticias em 06/01/14
Uma das revelações do futebol nacional nos últimos anos, Paulo Henrique Ganso, jogador do São Paulo é, sem dúvida, um atleta com grandes chances de integrar a Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Mas desta vez o assunto não é este, mas sim de onde possivelmente vem o talento do meio campista? A explicação pode estar no DNA herdado do pai, Amarildo da Silva Chagas, um ex-jogador que atuou por vários clubes profissionais do Pará e do Amapá.
Em entrevista ao globoesporte.com Amarildo falou de sua carreira e da relação com o filho. Logo aos 16 anos, o garoto de origem humilde iniciou sua trajetória no futebol jogando pelo São Francisco de Santarém, no Pará - município distante a cerca de 690 quilômetros de Belém. Após se destacar, profissionalizou-se somente aos 23 anos e foi contratado pelo time do Santa Rosa, equipe com sede no Distrito de Icoaraci.
A habilidade com a bola fez surgir novos convites para o futebol paraense. Sempre se destacando, passou pelos times do Sport Belém, Pinheirense e Clube do Remo. Amarildo afirma que na época, atleta de futebol precisava cuidar tudo, assinatura de contratos, análise de propostas de times interessados, além de ter que jogar futebol. Para ele, hoje tudo é mais fácil.
- Naquele tempo, a gente precisava correr atrás de tudo e ainda ter que jogar futebol. Ou seja, cuidar da carreira profissional era muito complicado. Eu dizia que jogar futebol era uma diversão, mas com doses de responsabilidade. Parte da minha formação pessoal veio jogando futebol, meu caráter e ser honesto - afirma.
Amarildo acredita que seu melhor momento no futebol ocorreu no ano de 1989, quando jogou pelo Clube do Remo e participou do chamado 'Esquadrão Cabano', quando a diretoria apostou num time formado por jovens talentos vindos das categorias de base e conquistou o estadual daquele ano, iniciando a sequência do tricampeão paraense.
- Foi uma época muito boa, onde pude conviver com grandes jogadores que estavam iniciando sua carreira. Certamente, que também contribui para a história do Remo e para o inicio do Esquadrão Cabano, que fez muito sucesso. Foi, sem dúvida, foi o melhor momento da minha carreira - disse.
O ex jogador, afirma que chegou a receber convite para jogar no futebol de Portugal e no Fluminense, mas as propostas não agradaram, além disso e precocemente, a dificuldade para gerenciar a carreira e uma lesão no joelho obrigaram-no a encerrar a vida de jogador ainda aos 31 anos. Foi então que em 1990 decidiu vir para o Amapá a convite do São José, mas durante a viagem de barco, parou no município de Laranjal do Jari, no Sul do Amapá, onde e trocou o certo pelo duvidoso.
- Quando vinha para Macapá, recebi um convite de emprego no município de Laranjal do Jari e ali me fixei. Decidi que ali iria jogar futebol, mas de forma amadora e confesso que foi lá que vivi grandes momentos do futebol conquistando sete títulos do Campeonato Intermunicipal, a maior competição do interior - relata.
A relação com o filho, Ganso
Perguntando sobre o filho, Paulo Henrique Ganso, o meio-campo Amarildo se mostra meio desconcertado e afirma não gostar de falar sobre o assunto, mas decide conversar um pouco sobre o tema. Ele conta que o garoto é fruto da relação com uma doméstica que residia na casa de uma irmã em Belém do Pará. Como ficou sem emprego no ano 1989, ano em que nasceu Ganso, precisou ir atrás de emprego no Amapá.
- Só soube do nascimento do garoto um ano depois, em 1990. Muitas pessoas dizem que eu o abandonei, isso não é verdade. Tinha saído muito cedo de Belém e ele estava com minha irmã e como vi que ela poderia dar uma boa criação, decidi deixá-lo com ela - diz.
Apesar do clima desconforto, a relação de Amarildo e Ganso é boa e as características e semelhanças entre os dois são claras. O ex-jogador ainda demonstra habilidade com a canhota jogando por times de veteranos, orienta os companheiros dentro de campo, parecido com o filho famoso do São Paulo. Amarildo afirma que hoje o maior problema é mesmo a distância entre os dois, mas mantém contato com o jogador.
- Temos um relação normal, com pouco contato em virtude da distância e das obrigações que ele tem como profissional. Procuro acompanhar o carreira mesmo que de longe. Muitas pessoas dizem que tento me beneficiar, mas isso não tem nada a ver. As vezes evito falar sobre ele para depois não pensarem que quero me aproveitar. Nada disso. Desejo muito sucesso a ele! - reafirma.
Atualmente, Amarildo segue trabalhando como estivador em Laranjal do Jari, carregando e descarregando navios, uma vida tranquila para quem um dia sonhou em ter a mesma sorte do filho Paulo Henrique Ganso, e se orgulha do sucesso do garoto.
Postado por: Jarí Noticias em 06/01/14
Nenhum comentário:
Postar um comentário