quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Governo mostra avanços do extrativismo e autoriza construção de escola na Reserva Cajari.

O Governo do Amapá apresentou os resultados da parceria em compensação ambiental com a Petrobras para desenvolver uma das atividades mais importantes do setor produtivo amapaense, o extrativismo.

Denominada "Projeto Carbono Cajari", a cooperação do Executivo estadual com a maior estatal brasileira encerrou recentemente um extenso ciclo de expedições e intensos trabalhos junto às comunidades da Reserva Extrativista do Cajari (Resex-CA) – unidade de conservação de uso sustentável localizada ao Sul do Estado do Amapá.

Durante os dois últimos anos, o projeto Carbono Cajari investiu aproximadamente R$ 4,5 milhões (tendo R$ 500 mil em contrapartidas do Governo do Amapá) no combate ao aquecimento global e emissão de gases poluentes, além de aliar desenvolvimento econômico na cadeia produtiva da castanha-do-brasil e preservação ecológica na Resex-CA.

Nesta terça-feira, 10, acompanhado de toda a equipe de governo envolvida na parceria, o governador Camilo Capiberibe esteve na localidade de Água Branca do Cajari – distrito do município de Laranjal do Jari –, sede da Resex-CA, para conferir o produto da iniciativa. O evento foi realizado na sede da Associação dos Trabalhadores do Alto Cajari (Astex-CA).

Durante a apresentação, o governador também lançou a ordem de serviço que autoriza o início das obras, uma antiga reivindicação dos moradores daquela região: a construção de uma escola. Orçado em R$ 1,7 milhão, o estabelecimento de ensino está previsto para ter salas de aula normal e de educação especial, laboratório de informática, biblioteca e quadra esportiva.
Castanhais

Tido como resultado mais esperado pelas 300 famílias que vivem do extrativismo da castanha na reserva, o mapeamento dos castanhais foi apresentado pela diretora-presidente do Instituto Estadual de Florestas do Amapá (IEF), Ana Euler, que conduziu os trabalhos de expedição que mapearam 70 mil castanheiras – quantificação já considerada a maior da Amazônia. Ela e o governador Camilo entregaram aos representantes das 13 comunidades da Resex mapas que mostram a localização exata dos castanhais.

"Com esses dados de localização e quantificação, os extrativistas poderão saber o potencial de sua produção. Isso é um passo fundamental para que possamos desenvolver a cadeia produtiva da castanha, aqui, no Sul do Estado, e proporcionar um crescimento socioeconômico, com geração de emprego e mais riquezas para essas comunidades", avaliou o governador.

Camilo Capiberibe entregou, ainda, certificados dos cursos aplicados a membros das comunidades, também fruto da parceria: manutenção e eletricidade industrial, pintura de obra e instalação elétrica predial básica. Ele também falou de outras políticas públicas e investimentos destinados à região, além do projeto.

"Com o Protaf [Programa Territorial de Agricultura Familiar], nós já aplicamos R$ 1 milhão para fomentar a agricultura no Sul do Estado. Vamos destinar, do Fundo Amazônia, R$ 4 milhões a fundo perdido para que as entidades da Resex-CA possam investir em tecnologia de modo a agregar valor à castanha e, com isso, aumentar a rentabilidade. Em fevereiro vamos iniciar, aqui, o Proextrativismo, que fomenta a cadeia produtiva da castanha-do-brasil, entre outros produtos florestais, também com financiamento", anunciou o governador.

Parceiros

O Carbono Cajari foi desenvolvido em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o IEF e o Instituto Chico Mendes, Escolas Família Agroextrativistas do Carvão e Maracá (EFAEXMA e Efac), além de extrativistas locais. Com os dados obtidos nos dois anos de projeto, será possível quantificar o potencial de emissões (de gás carbônico) evitadas e de "sequestro" de carbono dos castanhais e do estoque nos solos da região.


Postado por: Jarí Noticias em 11/12/13

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

Compartilhe