Brasília, 05 de Maio de 2013.
Mais do que nunca, o mundo precisa de parteiras. Nada substitui o carinho, a humanidade, a sabedoria milenar das parteiras na hora de trazer a vida à luz.
Se as parteiras são as únicas responsáveis para atender as mulheres onde não há médicos ou serviço público de saúde, devem continuar sendo uma possibilidade de escolha para pegar os meninos e meninas daquelas mães que optarem por elas, mesmo nos grandes centros.
Há mais de 300 anos, a Suécia, o sétimo país com melhor Indicador de Desenvolvimento Humano no mundo, investiu nas parteiras tradicionais para reduzir a morte de mulheres e de bebês. Criou uma escola nacional de parteiras. Em 1819, um decreto real ordenou que cada prefeitura contratasse pelo menos uma parteira! E elas trabalham até hoje!
Desde 2003, quando cheguei à Câmara dos Deputados, avançamos para incluir as parteiras na saúde pública brasileira. Hoje já temos, por exemplo, o Programa Rede Cegonha.
Mas continuamos insistindo numa Lei para reconhecer as cerca de 60 mil parteiras tradicionais em todo o Brasil. Pagar-lhes uma remuneração. Garantir que possam ser incluídas na saúde pública; ser uma opção para o parto de milhões de mulheres. Isso é possível! No Amapá, o governador Camilo retomou o projeto Parteiras Tradicionais – que havíamos implantado em 1995, premiado em 1998 – para capacitá-las e pagar-lhes uma bolsa mensal.
Neste Dia Internacional da Parteira Tradicional reafirmo o carinho e o compromisso que tenho com vocês. De trabalhar para reconhecer e remunerar todas as parteiras; de garantir que possam estudar e manter com dignidade essa profissão milenar; de buscar-lhes a paga pelo serviço que já prestaram durante décadas, sem remuneração; de incluí-las nas políticas públicas de saúde como uma atenção privilegiada às mulheres, às gestantes, às mães.
Um forte abraço!
Deputada federal Janete Capiberibe – PSB/AP
Câmara
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