‘O comércio nunca teve demissões como as atuais’, diz presidente da Fecomércio e secretário de Waldez Góes
Desde o início do ano, cerca de 50 obras públicas que estavam em andamento foram paralisadas pela atual administração. Segundo alguns empresários, o governo não paga a maior parte das empresas prestadoras de serviços. Para a Federação do Comércio do Amapá (Fecomércio), a alta taxa de demissões e a vertiginosa queda nas vendas no varejo, apontada por pesquisa do IBGE, indicam que essa, possivelmente, é a maior crise econômica que já atingiu o Estado. Em entrevista nesta segunda-feira, 20, a uma emissora de TV local, o presidente da Fecomércio e secretário de Estado da Indústria, Comércio e Mineração, Eliezer Viterbino, disse que nos últimos 12 meses o comércio registrou quase 2.800 demissões. “É um dado muito ruim para o Estado e, principalmente, para o comércio”, sentenciou. O momento difícil pelo qual passa a economia local é confirmada pelos dados obtidos por uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foram divulgados recentemente. De acordo com o órgão, o Amapá teve o segundo pior desempenho no comércio varejista no Brasil, com uma queda nas vendas de 6,7% em fevereiro de 2015. Pior performance teve a venda de alimentos. Segundo os empresários supermercadistas, as vendas teriam caído cerca de 20%. A reclamação geral é de que o dinheiro não está circulando. Para o senador João Capiberibe (PSB-AP), que tratou do tema em entrevista a uma rádio local, “quando a sociedade deixa de comer é porque a situação financeira do Estado está difícil”. Capiberibe demonstrou preocupação com o que ele chamou de estagnação da máquina governamental e cobrou do governo a retomada das grandes obras que foram paralisadas. Citou como exemplo a ponte do Rio Mapapi, a Maternidade da Zona Norte, a Rodovia Norte/Sul, o Hospital de Santana, a UPA da Zona Sul, o Hospital da Criança e do Adolescente, entre outras. Segundo informações do próprio governo Waldez Góes (PDT), a paralisação das obras aconteceu em função de não estar conseguindo acessar os recursos financeiros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – em torno de R$ 800 milhões. O motivo seriam as inadimplências geradas por prestação de contas não aprovadas perante a vários órgãos federais. O que o governo não disse é que, segundo especialistas, essas inadimplências teriam sido geradas no período de 2003 a 2010, no primeiro governo do pedetista. Ou seja, aparentemente, nesse caso, vale o dito popular: aqui se faz, aqui se paga.
Postado por: Jari Noticias em 21/04/215.

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